quinta-feira, 21 de junho de 2012
Festa fantasia.
Quando menos se espera...
Não conseguia piscar, nem me mover, aqueles olhos azuis estavam me olhando também e eu me apaixonei. Não! É sério, eu realmente me apaixonei, e essa linha de sentimentos foi cortada quando um ônibus passou na minha frente e não pude ver mais a face daquele maravilhoso garoto de cabelos preto e olho azul. Ele evaporou no meio de tanta multidão, as ruas de são Paulo não é uma das melhores para se andar para comprar acessórios para minha festa fantasia, principalmente a Paulista.
Comprei todas as minhas coisas e não consegui tirar aquele garoto da minha cabeça. E ele me
olhou também, o que será que ele esta pensando? Será que ele sentiu alguma coisa por mim?
Estava quase na hora de ir para a festa, e eu estava terminando de arrumar meu cabelo. Arrumei-me de cinderela, e era obrigatório usar mascara, então comprei uma azul com algumas purpurinas azuis escuras para combinar com meu vestido.
A festa já tinha começado quando cheguei, e estava todo mundo sentado há uma mesa no canto esquerdo do salão, eu e minhas amigas não tínhamos namorados, então ficamos apenas bebendo uns drinks e conversando, rindo, e se distraindo.
Um garoto vestido de príncipe. Usa um terno azul e todo elegante, ele apenas se curvou, beijou minha mão e me chamou para dançar aquela música lenta, hesitei, mais fui totalmente empurrada emocionalmente pelas minhas colegas que tanto odeio. Então dei minha mão para o garoto misterioso e deixei que a dança nos conduzisse.
Eu conseguia sentir o seu halita de menta junto com sua respiração na minha orelha, enquanto eu repousava minha cabeça em seu ombro, e nós rodopiávamos em um circulo perfeito, e por um momento. Só por um momento eu senti que havia apenas nós dois naquele salão, ou melhor, nós dois no mundo inteiro. Até que uma garota vestida de capetinha, com um decote gigante fez com que meu sonho de cinderela acabasse bem mais rápido do que acabou. Ele beijou novamente minha mão e me olhou, eu o olhei e como um flash back seus olhos azuis me lembraram daquele garoto de hoje à tarde, era ele, e ele sabia que era eu.
Meus sentimentos foram explodidos de ódio quando vi aquela garota dançando com meu príncipe, ele foi educado, eu sei. Mais era meu momento.
Voltei para as minhas amigas e resolvi falar: “é mais um daqueles garotos de colegial que quer garotinhas de decotes”. Então elas nem perguntaram e mudaram de assunto totalmente.
A festa acabou e eu fui para casa, eu moro só, então não tinha ninguém para me buscar. Cheguei ao condomínio do meu prédio, entrei no quarto, e quando fechei a porta alguma coisa me bloqueou para que eu acendesse a luz, e senti o halito fresco de menta bem perto do meu rosto. Era ele. Fiquei de costas para porta, de frente pra ele. Ele segurou minhas duas mãos entrelaçando nossos dedos, pegou uma rosa e me entregou, ele ficou tão perto, tão perto que
se não fosse uma coisa impossível juraria que meu coração iria sair bela boca. Então ele sussurrou as palavras que meus ouvidos imploravam ouvir:
“Eu me apaixonei por você garota que não sei o nome, eu sei que tem uma chave extra debaixo do extintor, por isso entrei, queria dizer o quanto te quero comigo, não quero que pense que sou louco, mais se resolveres pensar, pense que essa loucura é de paixão por você. Então tu queres me beijar até deixar-me sem fôlego? Perder o conhecimento, tocar o céu comigo?”
Então eu apenas afirmei com a cabeça e deixei que meu príncipe encantado me deixasse ser sua cinderela.
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